quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Aprender línguas e outras cositas más...

Paulo Werneck

Há algum tempo utilizo o Memrise, site gratuito, excelente para o aprendizado de línguas, mas não só.

A ideia por trás é bem antiga e tradicionalmente usada em países anglo-saxões: os memory cards, cartões usados para memorizar pares tais como palavras e suas respectivas traduções, países e suas capitais ou o que seja.

A vantagem dos cartões sobre as listas é que podem ser descartados aqueles cujas respostas acertamos, de modo a mantermos o esforço focado em decorar o que ainda não memorizamos, sem o desperdiçarmos com o que já gravamos.

O Memrise simplesmente automatiza o processo, armazena e torna disponível as listas elaboradas por inúmeros colaboradores, bem como eleva os "cartões" a novos patamares, com som, imagem e vídeos!

Há muito tento aprender Latim, sempre sem sucesso, pela dificuldade em decorar as palavras, sem ter com quem conversar. Agora estou estudando por um livro (Wheelock's Latin) cujo vocabulário foi colocado no Memrise, inclusive com som,  por uma alma caridosa.

O melhor de tudo é que podemos baixar o curso para o celular em três passos:

Primeiro: baixar o aplicativo. Se não souber como, procure um jovem ou uma criança que o problema será resolvido...

Segundo: fazer o login no Memrise com sua identidade e senha. Com isso aparecerão no celular os cursos em que está matriculado.

Para estudar será necessário estar conectado à Internet, mas tem o pulo do gato...

Terceiro: clicar sobre os três pontos à direita de "CONTINUAR", na última linha do curso, o que fará abrir uma janela com a opção "baixar".

Às vezes não funciona de cara. Não desista que o curso acabará sendo baixado e aparecerá o disco verde com a seta quebrada informando o sucesso do download.

Depois é só aproveitar os tempos vagos nos engarrafamentos, nas salas de espera.

Observação final: é só usar o aplicativo no telefone com Wifi que ele sincroniza automaticamente com a página, o que é importante para não se perder as informações sobre o progresso, acertos e erros.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Estados Unidos assassinam Médicos Sem Fronteiras

Paulo Werneck

O QUE O PRÊMIO NOBEL DA PAZ SR. BARACK OBAMA, COMANDANTE EM CHEFE DA USAF, TEM A DIZER?

Hospital dos Médicos sem Fronteiras foi bombardeada pelos a viões americanos ou liderados pelos amercinos. Podemos ler o blá-blá-blá dos assassinos e seus cúmplices, mas não poderão esconder o essencial: mesmo na brutalidade da guerra existem leis, a Convenção de Genebra, que impedem ataques a hospitais, ambulâncias, etc. Não é por outro motivo que a cruz vermelha é pintada tão grande e tão visível nas ambulâncias. Hoje, com GPS e tanta tecnologia, não dá para desculpar bombardeio de hospitais.

Transcrevo abaixo nota dos Médicos Sem Fronteiras, e aproveito para sugerir ao leitor que faça doações para a organização, não em desagravo a esse ato estarrecedor, mas para apoiar o excelente trabalho da organização no mundo inteiro. Eis a nota:

É com profunda tristeza que a organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) confirma, até o momento, a morte de nove de seus profissionais e sete pacientes da unidade de terapia intensiva durante o bombardeio, iniciado às 2h10 deste sábado, 3 de outubro, ao hospital de MSF em Kunduz, no Afeganistão. Segundo as últimas informações, 37 pessoas foram gravemente feridas durante o bombardeio; dessas, 19 são profissionais de MSF. Alguns dos pacientes mais gravemente feridos estão sendo transferidos para estabilização em um hospital em Puli Khumri, que fica a duas horas de carro de Kunduz. Há muitos pacientes e profissionais que permanecem desaparecidos. Os números continuam aumentando na medida em que apuramos as consequências desse bombardeio terrível.

MSF condena fortemente o ato contra seu hospital em Kunduz que estava lotado de profissionais e de pacientes. MSF esclarece que todas as partes em conflito, incluindo em Cabul e em Washington, foram claramente informadas sobre a localização precisa (coordenadas geográficas) das instalações da organização – hospital, dormitório dos profissionais, escritório e uma unidade de estabilização ambulatorial em Chardara (no noroeste de Kunduz). Como MSF faz em todos os contextos de conflitos armados, essas localizações precisas foram comunidas a todas as partes beligerantes em diversas ocasiões ao longo dos últimos meses, mais recentemente em 29 de setembro.

O bombardeio durou mais de 30 minutos após oficiais militares americanos e afegãos em Cabul e em Washington serem primeiramente informados sobre o ataque. MSF busca urgentemente esclarecer exatamente o que houve e como esse evento terrível pode ter acontecido.

“Estamos profundamente chocados com o ataque, a morte de nossos profissionais e pacientes e as duras consequências que ele infligiu sobre os cuidados de saúde em Kunduz”, diz Bart Janssens, diretor de operações de MSF. “Ainda não temos os dados finais acerca das mortes, mas nossa equipe médica está prestando primeiros-socorros e tratando os pacientes e os profissionais de MSF feridos, além de buscar os desaparecidos. Nós fazemos um apelo a todas as partes em conflito que respeitem a segurança dos profissionais e das instalações de saúde.”

Desde que confrontos eclodiram na segunda-feira, 28 de setembro, MSF tratou 394 feridos. Quando o ataque aéreo aconteceu, tínhamos 105 pacientes e seus acompanhantes no hospital, e mais de 80 profissionais nacionais e internacionais de MSF presentes.

O hospital de MSF em Kunduz é a única instalação do tipo em toda a região nordeste do Afeganistão, oferecendo cuidados de trauma vitais. Os médicos de MSF tratam todas as pessoas de acordo com suas necessidades médicas e não fazem distinção com base em etnia, religião ou filiação política.

O MSF começou a atuar no Afeganistão em 1980. Em Kunduz, assim como no restante do país, o pessoal internacional trabalha junto ao nacional para garantir a melhor qualidade de tratamento. MSF apoia o Ministério da Saúde no hospital de Ahmad Sha Baba, no leste de Cabul, na maternidade de Dasht-e-Barchi, no oeste de Cabul, e no hospital de Boost, em Lashkar Gah, na província de Helmand. Em Khost, no leste do país, MSF opera um hospital-maternidade. A organização conta apenas com financiamento privado para a realização de seu trabalho no Afeganistão e não aceita recursos de nenhum governo.

Informações atualizadas em 03/10/2015, às 11h20

Fontes:
Médicos Sem Fronteiras:
http://www.msf.org.br
New York Times:
http://www.nytimes.com/2015/10/04/world/asia/afghanistan-bombing-hospital-doctors-without-borders-kunduz.html?_r=0
La Reppublica:
http://www.repubblica.it/esteri/2015/10/03/news/afghanistan_nato_forse_colpito_ospedale_di_medici_senza_frontiere_kunduz_3_morti-124207433/
BBC:
http://www.bbc.com/news/world-asia-34432471
The Guardian:
http://www.theguardian.com/world/2015/oct/03/kunduz-charity-hospital-bombing-violates-international-law