quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Sem poder de voto

Paulo Werneck
Saruman com o Palantir
Fonte: http://www.tolkienforums.com/

Domingo votei pela manhã e à noite fui ao Leme acompanhar a apuração num telão montado pelo Partido dos Trabalhadores. Fiquei contente com o resultado, minha candidata sagrou-se a primeira presidenta do Brasil. Além disso foi a sexta eleição democrática consecutiva neste país, o que não é pouca coisa, motivo de sobra para comemorar em alto estilo.

Lembrei-me do Shirley, um simpático restaurante espanhol de frutos do mar, ali pertinho, na rua Gustavo Sampaio, 610. A casa é simples, mas serve bem.

Fomos para lá, eu e a sra. S., armados de bandeiras, colantes e muita fome.

De entrada, mariscos marinados e lulas empanadas. Os mariscos estavam ótimos, as lulas apenas corretas, se tanto. Pedimos lagosta, não havia. A sra. S. acabou comendo uma truta ao vapor, muito gordinha, muito macia, excelente.

Entretanto havia um televisor ligado, imagens sem sentido distraindo a nossa atenção. Ninguém nele prestava atenção. Pedi que fosse desligado, impossível.

Posso votar para presidente, mas não posso optar por jantar sem ver televisão. Melhor dizendo, posso. Embora esteja cada vez mais difícil escapar da máquina de fazer doido, há estabelecimentos que não aderiram à esse pseudo serviço. Não lá voltarei. É pena, pois gostava do lugar.