Paulo Werneck
Vagões "Le Brugeoise" centenários do Metrô de Buenos Aires
Fonte: Wikipedia
Faz tempo que não escrevo neste blog. A última postagem tinha relação com o
Festival de
Besteiras que
Assola o
País (FEBEAPA), do saudoso Stanislaw Ponte Preta.
Reativo o blog com outra postagem sobre o mesmo tema, pois o que não falta é besteira em nosso país.
Quem frequenta o metrô carioca, talvez o mais curto do mundo, pode ter reparado que uma linha tem como ponto final (ou inicial) a estação Botafogo. Outra linha passa por Botafogo e segue em direção a Copacabana, Ipanema, Leblon e eventualmente chega à Barra da Tiuca.
Mas, como afirmei, o ponto final dessa linha é Botafogo e, portanto, todos os passageiros devem desembarcar.
O que é dito aos passageiros?
Esse trem não mais fará serviço de passageiros.
Desembarque obrigatório.
Se o trem não mais fará serviço de passageiros, o que acontecerá com ele? Fará serviço de cargas?
Não é o caso. No Rio de Janeiro, muito antigamente, havia bondes, que o Carlos Lacerda, em vez de resolver o problema dos carros invadirem os trilhos e tumultuarem o serviço, preferiu acabar com o serviço e importar ônibus elétricos usados que acabaram sendo também retirados de circulação.
Estou tergiversando. Falei dos bondes porque entre os vagões de passageiros também havia vagões de carga. Nunca os vi, mas existiram.
Bonde de bagagem, "caradura" ou "taioba"
Fonte: riomemorias.com.br
No metrô carioca não há trens de carga.
Então, se os tais trens não mais farão serviço de pasageiros, nem serviço de cargas, podemos concluir que serão tirados de circulação, desmontados, transformados em sucata...
É incrível que no subsolo, ali pertinho da estação, exista um centro de desmanche de trens e também, claro, uma fábrica de trens usados, pois logo que um trem termina sua última viagem, é produzido um outro, para seguir na direção contrária...
Não seria mais econômico, em vez de terem esse trabalho todo, simplesmente dizer:
Ponto Final.
Desembarque obrigatório.
Então o trem poderia simplesmente inverter a direção, e continuar sua vida útil, fazendo serviço de passageiros...
Ah, e como os trens são desmontados, daqui a décadas não haverá nenhum para ser restaurado, como fez o metropolitano de mi Buenos Aires querida.